Cristiano Mangovo (1982) é um artista plástico angolano que vive atualmente entre Lisboa, Portugal, e Cabinda, Angola. Em criança, fugiu da guerra civil angolana para a República Democrática do Congo, onde estudou na Academy Des Beaux-Arts. Muitos dos seus quadros abordam as diferenças culturais entre as suas duas casas.
As experiências do artista em Angola levaram-no a defender a mudança social e ambiental através das suas obras de arte. O seu estilo único combina elementos surreais e expressionistas, pintando rostos distorcidos e multifacetados, muitas vezes com duas bocas. A ênfase é colocada menos na representação do indivíduo e mais na evocação da personalidade, do movimento e da convergência da figura e do objeto para mostrar o pensamento de Mangovo. Através da inclusão de múltiplos olhos e bocas nas suas figuras, Mangovo representa figuras vocais que estão atentas e abertas. Discute frequentemente a relação entre o homem e a natureza e apresenta nas suas pinturas um mundo ideal de vegetação luxuriante. Neste mundo, renasce a relação homeostática entre o homem e a terra.
As obras de Mangovo foram expostas na Expo Milão (Itália), no Hangar – Centro de Investigação Artística (Lisboa), tendo também participado em feiras internacionais como a 1-54 Paris (janeiro de 2021). Em 2014, recebeu o Prémio Mirella Antognoli, atribuído pela Embaixada de Itália e pela Alliance Française. Ganhou o prémio ENSA Arte em 2018 para melhor artista visual de Angola. O artista participou em mais de 50 exposições e performances em Angola, Portugal, França, Itália, África do Sul, Zimbabué, R.D. Congo, Bélgica, Luxemburgo e EUA.