Benigno Mangovo

“A minha prática se baseia geralmente na exploração e representação de emoções, sentimentos, memórias, solidão, e estado mental. O meu trabalho é geralmente introspetivo e uso as minhas experiências e reflexões pessoais como referências quando crio as minhas obras.”

“A minha prática se baseia geralmente na exploração e representação de emoções, sentimentos, memórias, solidão, e estado mental. O meu trabalho é geralmente introspetivo e uso as minhas experiências e reflexões pessoais como referências quando crio as minhas obras. A técnica que exploro atualmente é a acrílica sobre tela. Influencio-me muito no trabalho de António Ole e também no trabalho de Kassou Seydou, artista plástico senegalês. Os dois influenciam-me geralmente em termos de técnica. O círculo no torso das minhas figuras é a projeção e representação de um vazio pessoal, como se me faltasse uma peça no âmago da alma, estou em constante busca dessa peça e os meus personagens também. Como ser social, quero representar, materializar e imortalizar artisticamente os momentos especiais da minha experiência humana”.

Benigno Mangovo
Biografia
Biografia

Nascido em Cabinda no seio de uma família artística, Benigno Mangovo (Angola, 1993) desenvolveu desde cedo uma paixão pela pintura. Dedica-se exclusivamente ao seu percurso artístico desde 2017, altura em que ingressou no atelier de pintura de Patrício Mawete, em Luanda, espaço que contribuiu significativamente para uma crescente formalização da sua produção artística.

Mangovo descreve o seu processo criativo como geralmente introspetivo, recorrendo a experiências pessoais, memórias e reflexões como fontes de referência. O seu trabalho inclui temas recorrentes como a memória, os sonhos, as emoções, as relações familiares e interpessoais e as relações sujeito-objeto, bem como a esperança, a resiliência, a fragilidade humana e a sua infinita e singular capacidade de reinvenção e renascimento.

A sua produção é marcada por uma experimentação recorrente que visa reinventar a textura, a profundidade e o equilíbrio das cores. Um processo que passa muitas vezes por uma construção padronizada de carácter identitário, que esteticamente se assemelha à ideia da existência de circuitos de troca energética, simbiótica ou sináptica. Padrões que foram moldando, ao longo de vários anos, a construção cénica do fundo das suas telas, numa conceção estético-estilística distintiva, de natureza semiótica, assente na exploração de signos e no tratamento de signos inerentes à tradição da província de Cabinda – de onde é natural o artista -, ao espaço vital da floresta local e ao universo da cultura espiritual e vernacular.

Benigno Mangovo
Trabalhos selecionados