Mário Macilau (Moçambique, 1984) é um artista multidisciplinar e ativista, mais conhecido pelo seu trabalho fotográfico e é considerado uma das “figuras-chave” da nova geração de artistas moçambicanos. As suas fotografias destacam a identidade, as questões políticas e as condições ambientais, trabalhando por vezes com grupos socialmente isolados para sensibilizar o seu público não só para as muitas injustiças e desigualdades sociais no mundo, mas também para cenas de humanidade, fraternidade, vitória, amor e esperança, fazendo muitas vezes do retrato o seu ponto de partida, sendo a sua abordagem a chave para desbloquear uma perspetiva mais ampla.
Em 2003, começou a fotografar e passou o início da sua carreira a aprender e a desenvolver as suas competências. Em 2007, lançou-se como fotógrafo profissional, trocando secretamente o telemóvel da sua mãe por uma excelente Nikon FM2. Em poucos anos, o seu talento atingiu o palco internacional.
O trabalho de Macilau tem sido apresentado em exposições individuais e colectivas, como a Bienal de Dakar em colaboração com a Fundação Dapper, 2022. Macilau foi também selecionado para fazer parte da exposição “A World in Common: Contemporary African Photography”, na Tate Modern, a partir de julho de 2023. Em 2015, o seu primeiro livro de grande formato foi publicado pela Kehrer Verla, na Alemanha. Além disso, foi reconhecido com prémios, incluindo o Prémio da União Europeia para o Ambiente (2015), a Bolsa UNESCO – Aschberg para as Artes Visuais (2014), entre outros.