Pamina Sebastião (Angola, 1988) é uma artista visual multidisciplinar. O seu trabalho premiado envolve escrita, meios audiovisuais, fotografia e colagem numa perspetiva decolonial e sócio-imaginativa. Para além da sua carreira artística, Pamina é jurista e tem um mestrado em Direito Internacional e Relações Internacionais. Os seus pronomes de Pamina são elu/delu.
Têm-se dedicado ao ativismo de género e sexualidade, tendo co-fundado o coletivo feminista LBTIQ chamado Arquivo de Identidade Angolano, WikiLuanda, um coletivo de edição da Wikipedia juntamente com Jaliya The Bird e fez parte do Ondjango feminista e do projeto LINKAGES.
O trabalho artivista de Pamina propõe a (des)construção do corpo como um imaginário possível do processo de descolonização. Nesta reimaginação, tenta
encontrar formas de partilhar e aprender sobre experiências corporais fora das categorias de existência já criadas. A sua investigação reúne reflexões colectivas sobre o trauma colonial e o caminho para a descolonização como forma não só de desmantelar o corpo como lugar de inscrição, mas também de propor novos lugares de cuidado. Desta forma, explora a construção de um imaginário em que outras formas de existência corpórea são possíveis. Recebeu o prémio Prince Claus Fund pelo seu trabalho sobre justiça racial, equidade de género e expressão queer, no âmbito das disciplinas de investigação artística, performance e arte visual.
