Gonçalo Mabunda

“Na minhas esculturas, eu dó formas antropomórficas a AK47, lançadores de foguetes, pistolas e outros objetos de destruição. Embora que eu possa dizer que as máscaras se baseiam na história local da arte tradicional africana, o Meu trabalho  assume um toque modernista impressionante.”

“Na minhas esculturas, eu dó formas antropomórficas a AK47, lançadores de foguetes, pistolas e outros objetos de destruição. Embora que eu possa dizer que as máscaras se baseiam na história local da arte tradicional africana, o Meu trabalho  assume um toque modernista impressionante. As armas de guerra desactivadas carregam fortes conotações políticas, mas os objectos que eu crio também transmitem uma reflexão positiva sobre o poder, a nivel mundial e especialmente o continente Africano, que tanto sofre com as guerras”.

Gonçalo Mabunda
Biografia
Biografia

Gonçalo Mabunda (Moçambique, 1975) interessa-se pela memória colectiva do seu país, que só recentemente saiu de uma longa e terrível guerra civil. Trabalha com armas recuperadas em 1992, no final do conflito de dezasseis anos que dividiu a região.

Na sua escultura, dá formas antropomórficas a AK47s, lança-foguetes, pistolas e outros objectos de destruição. Embora se possa dizer que as máscaras se baseiam na história local da arte tradicional africana, a obra de Mabunda assume um carácter modernista marcante, semelhante às imagens de Braque e Picasso. As armas de guerra desactivadas têm fortes conotações políticas, mas os belos objectos que cria também transmitem uma reflexão positiva sobre o poder transformador da arte e a resiliência e criatividade das sociedades civis africanas.

Mabunda é mais conhecido pelos seus tronos. Segundo o artista, os tronos funcionam como atributos de poder, símbolos tribais e peças tradicionais da arte étnica africana. São, sem dúvida, uma forma irónica de comentar a sua experiência de infância de violência e absurdo e a guerra civil em Moçambique que isolou o seu país durante um longo período.

A obra de Mabunda foi exposta no Museu Kunst Palast, em Dusseldorf, na Hayward Gallery, em Londres, no Pompidou, em Paris, no Mori Art Museum, em Tóquio, e na Johannesburg Art Gallery, em Joanesburgo, entre outros. Foi o primeiro artista moçambicano na Bienal de Veneza e tem vindo a expor anualmente desde 2015

Gonçalo Mabunda
Trabalhos selecionados