Kwame Sousa (1980, São Tomé e Príncipe) é um artista multidisciplinar que investiga a história de São Tomé e Príncipe, explorando uma grande variedade de meios, técnicas e estilos. Descobriu o gosto pela arte desde muito cedo, começando a desenhar como autodidata. Em 2001 integrou o grupo de jovens artistas acolhidos pela Teia de Arte, onde, sob a orientação e apoio de João Carlos Silva, teve a oportunidade de aprender e partilhar diferentes linguagens artísticas com artistas de todo o mundo, participando na 2ª Bienal de Artes de São Tomé e Príncipe em 2002. Mais tarde, em 2004, iniciou o seu percurso académico em Portugal, estudando na Escola de Artes e Ofícios do Espetáculo e depois pintura e desenho na Ar. Co- Escola Independente de Arte, com o apoio de uma bolsa da Cooperação Portuguesa.
Ao longo dos últimos anos inúmeras foram as galerias, feiras de arte e capitais que acolheram as suas obras, destacando apenas a Trienal de Luanda; o Festival de Cinema e Arte de Bamako; a Bienal de Arquitetura de Veneza; a Droog Gallery, em Amesterdão; as Arco Lisboa, Madrid e Paris e o Art in a Box, em Nova Iorque e Washington.
Integrando a terceira geração de artistas plásticos santomenses, Kwame Sousa, é atualmente considerado um dos artistas plásticos contemporâneos mais influentes no seu país.
Construindo grande parte da sua carreira e reconhecimento internacionalmente, resolveu um dia voltar, e criar uma escola de artes. Em 2017, num terreno ao lado da casa do seu pai, surgiu a primeira e única Escola de Artes Visuais atualmente em funcionamento em São Tomé e Príncipe. Esta escola, o Ateliê M, é onde nasce o fervilhar de uma nova corrente cultural e artística em São Tomé, com artistas mais conscientes, abertos para o mundo, mas sem nunca se esquecerem das raízes que os envolvem, do contexto de onde são oriundos, expresso de forma tão nítida e particular nas suas obras.
No horizonte da sua trajetória artística pessoal, o artista tem-se interessado sobretudo pela investigação e rastreio dos processos de independência colonial e dos processos cumulativos de construção da identidade africana.